A energia da onda

Lucas Nascimento

A extração de energia elétrica do mar, não é uma atividade tão recente. Mas apenas alguns países tem conhecimento para fazer esse tipo de extração. Cada país possuí uma tecnologia que se adapta a suas características naturais, e ainda não possuem desenvolvimento necessário para prover grandes quantidades de energia dessa fonte.

O princípio de todas essas tecnologias para o mar é captar, através de dispositivos específicos, a energia cinética transportada pela água em movimento (ondas).  As ondas se formam a partir das corrente de ar  e pelo movimento das mares.

Aqui no Brasil existe um projeto piloto chamado Usina de Ondas que é financiado pela Tractebel Energia através do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica, com o apoio do governo do Ceará.

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Divulgação

Ele está instalado no Porto do Pecém no litoral do Ceará, a 60 quilômetros da capital Fortaleza. O local foi escolhido estrategicamente por possuir constantes correntes de ventos, que fazem com que existam ondas a quase todo instante. O projeto possui inicialmente dois módulos, mas pode ser ampliado.

Cada módulo é feito de um flutuador circular, que fica na água, e um grande braço mecânico preso ao cais. O braço mecânico é conectado a uma bomba de circuito fechado de água doce.

O movimento de sobe e desce marítimo movimenta o flutuador que aciona a bomba hidráulica. Por meio de um circuito a água é acumulada sob alta pressão em uma câmara hiperbárica.

Após ser acumulada, essa água sob pressão é injetada e libera um jato de água equivalente a uma coluna de água de 400 metros de altura, similar a das grandes hidroelétricas. O jato faz girar uma turbina que aciona o gerador,  produzindo energia elétrica.

Algumas questões ainda impedem a efetividade e a viabilização deste módulo de captação de energia. Uma delas como afirma Lucas Baldini, engenheiro, é que “sua instalação é devastadora, se comparada a de um captador eólico. É uma estrutura realmente grande”. Além disso, o investimento, ainda, é alto para a construção dos módulos. “Com a verba gasta para instalar alguns desses ‘pistões’ na água, pode-se construir uma usina inteira de captação de energia eólica”, afirma Baldini.

Existem em outros países diferentes modos de captação da energia do mar. Tecnologias que aproveitam a força de movimento das correntes marítimas, das diferenças de temperatura do mar e do movimento das ondas, mas em alto mar.

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